quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

ECOPONTO MISSIONÁRIO PELO CUIDADO DA CASA COM


Introdução:
Todos os anos a Família Comboniana lança um projeto comum para ligar Portugal com as comunidades mais desfavorecidas nos países onde tem missionárias e missionários no terreno.
Este ano escutou o clamor das mulheres de Adu, na zona queniana de Melinde, próximo do local onde Vasco da Gama deixou um padrão a caminho da Índia.
As famílias de Adu tradicionalmente vivem da produção de carvão e da agricultura. Com as alterações climáticas a afetar todo o planeta, fácil é perceber que Adu não escapou: a seca faz-se sentir mais do que nunca na região; os terrenos agrícolas produzem muito menos e a população vive sob a ameaça da fome. As mulheres, que são o motor da economia local, têm de destruir mais floresta para produzir carvão e preparar novas áreas de cultivo.
A Família Comboniana em Adu propõe um projeto de formação de costura e alfabetização para dar às mulheres alternativas de sobrevivência e desenvolvimento económico. O projeto aponta também para devolver às florestas e aos espaços públicos de Adu as árvores que foram devastadas com a plantação de novas espécies especialmente adaptadas ao solo e clima locais.
Na primeira fase 90 mulheres vão beneficiar do projeto, 90 famílias serão a base de um novo desenvolvimento e de uma nova esperança.
Para isto precisamos de ajuda. Lançamos a iniciativa dos ecopontos missionários para cada pessoa pôr aquilo que puder.
Pedimos a ajuda em dinheiro por razões óbvias: é muito mais fácil e menos dispendiosos de fazer chegar aos destinatários. A solidariedade em espécie não é viável porque enviar contentores é muito caro e é difícil fazê-los chegar a Adu, porque a alfandega queniana coloca imensos problemas. Além disso, será mais fácil, aos responsáveis da execução do projeto em Adu, aplicar o produto da angariação de forma mais direta e imediata às necessidades especificas da população.


Conclusão:
Pretende-se envolver toda a comunidade no ecoponto missionário solicitando o seu contributo com aquilo que cada um/uma puder partilhar, traduzido em dinheiro, dado que, voltamos a frisar, no local onde é necessário é mais fácil e mais barato do que mandar em espécie.
Cuidando da casa comum, atuamos aqui e ajudamos lá, diminuímos a pegada ecológica em ambos os lados e fazemos promoção humana com a população de Adu.

Proposta Concreta:
Com o ecoponto missionário todos trabalhamos pelo cuidado da casa comum, colocando no devido ecoponto a quantia que doamos tendo em conta a sua origem.
Por exemplo: não bebi um refrigerante de lata; o refrigerante custava €1,50. Como a lata se põe no ecoponto amarelo, pego no €1,50 e coloco-o no ecoponto missionário amarelo. Não comprei uma caixa de chicletes que custava €1,00. Como a caixa é de papel vou colocar o euro no ecoponto azul. Se não bebi ou comi algo engarrafado ou num frasco de vidro que valia €0,50, coloco a moeda no ecoponto verde. Se poupei algum valor em pilhas ou noutra fonte de energia devo colocar no ecoponto vermelho.
Com pequenos passos, todos podemos ajudar. Podemos motivar todos, do mais novo ao mais velho, a cuidar da casa comum, sensibilizando-os para uma causa em concreto, levando-os a pensar nos outros, a darem-se segundo as possibilidades, sendo missionários no dia-a-dia…
Os animadores do projeto disponibilizam-se para ir às escolas e paróquias apresentar o projeto de forma dinâmica e interativa e ensinar a construir os ecopontos missionários, deixando um protótipo e algum material.
Vamos acompanhar todo o processo dando a conhecer como crescem as ajudas, quem tem apoiado e com quanto.
Quem mais ajuda recebe um diploma de «melhor ecomissionário», porque contribuiu mais e melhor para o cuidado da casa comum.

Recursos necessários:

Material:
Quatro ecopontos (verde, amarelo, azul e vermelho) que servem de «casas-mealheiro» e que podem ficar nas escolas, paróquias, casas, etc.. Serão recolhidos de vez em quando e substituídos por outros. Os ecopontos missionários podem ter tamanhos variados, segundo o local onde ficarem (na sala de aula da escola ou da catequese podem ser de maiores dimensões; na casa de cada um, mais pequenos).

Humanos:
Professores que o Conselho Executivo determinar que se responsabilizem dos ecopontos missionários nas escolas. Propomos, em particular os de Ermc, Biologia, Ciências da Natureza, Estudo do Meio; …
Catequistas;
Animadores de grupos;
Educadoras de infância;
Agentes pastorais que acompanhem as escolas, infantários, igrejas, grupos, etc.

Pedagógicos:
Jornal do Ranking Ecoponto missionário;
Visitas de apresentação da iniciativa com dinâmicas interativas;
Visitas de incentivo e participação em iniciativas que a escola, infantário, igreja, grupo, etc., tenham e precisem da ajuda do animador missionário.

Institucionais:
Parceiros e patrocinadores que nos apoiem e ajudem a levar o projeto a bom porto, nomeadamente com o patrocínio de ecopontos missionários de diferentes tamanhos ou outro;
Parceiros e patrocinadores com apoio monetário e/ou com ideias que renovem e revitalizem o projeto de forma a que este seja um sucesso;
Todas as instituições podem e devem fazer-se valer da sua responsabilidade social para apoiarem o projeto que inculca valores de responsabilização e cuidado pela casa comum nas crianças, adolescentes, jovens e população em geral.
Todas as instituições apoiantes serão periodicamente informadas do andamento do projeto.
Será passado um diploma de «Ecomissionário» ao parceiro/patrocinador que mais e melhor ajudar.

Objetivos específicos:
Cuidar da casa comum, diminuindo a pegada ecológica através de um consumo menor de bens não essenciais;
Implementar valores como a responsabilidade, disponibilidade, generosidade e cuidado pela casa comum;
Incentivar no agente local o espirito de solidariedade para gestos solidários na aldeia global que é este maravilhoso mundo que habitamos;
Fomentar o espirito de interajuda entre comunidades locais e países em desenvolvimento;
Sensibilizar a comunidade para as questões ecológicas e as diferentes formas e modos de agir;
Angariar fundos para poder ajudar as mulheres de Adu para vir a ter novas formas de empregabilidade, melhorar as suas condições de vida e reflorestar a área, incluindo os espaços envolventes de lugares públicos, tais como a escola, o dispensário, a igreja, …

 

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