Nos dias de hoje face à competitividade na
sociedade em que estamos inseridos, nomeadamente na área do emprego,
educação escolar e sobretudo na quantidade de oportunidades que a mesma
oferece em termos de ocupação de tempos livres, de ver relegado para
segundo plano o desafio do papel da família na evangelização cristã.
Na realidade, o crescimento no mundo atual, de divórcios, separações e
ruturas familiares, pais ausentes ou mães solteiras, crianças e jovens
abandonados, são o reflexo da sociedade inquinada em que vivemos.
A família tem de ser por excelência como que uma instituição responsável
por promover a educação de todos os seus componentes e simultaneamente
influenciar o seu comportamento no meio social, e onde possa nascer os
valores morais que sirvam de base na socialização.
A família deve ser uma escola de amor, de justiça, de compaixão, de perdão, de respeito mútuo, de paciência e de humildade.
Ora a Igreja, que somos todos nós, pode desempenhar aí uma missão fundamental.
Começando na nossa própria casa, com filhos e netos, que serão a semente
de futuras gerações a congregar novas comunidades de sadia vida cristã.
Desde logo com o nosso próprio exemplo, de disponibilidade, atenção e
acompanhamento de todo o clã familiar, em iniciativas que a partir da
Igreja, paróquia ou outros locais de pura evangelização, nos possa
conduzir aos caminhos de Deus.
As famílias são pequenas Igrejas onde temos a obrigação de ajudar a
descobrir o melhor caminho para Deus, porque ELE tem sempre um plano de
vida para cada um.
É pelo batismo, sacramento primeiro na iniciação da vida cristã, que por
vezes as famílias protelam por tempo indeterminado, que deve começar a
nossa humilde mas nobre missão de evangelização.
Sendo a Palavra de DEUS fonte de vida e espiritualidade nas famílias, é
nossa missão que a leitura do evangelho nunca seja esquecida ou colocada
de parte, pois a sua reflexão ajudar-nos-á seguramente a desbloquear
situações embaraçosas que se nos depara com frequência.
Só assim, poderemos, e em conjunto com outras famílias, estar
minimamente preparados para sermos testemunhos, servidores e seguidores
de Jesus Cristo.
Como pequena Igreja, bem documentada e preparada, podemos finalmente dar
consequência ao pedido que nos é feito pelo Santo Padre, de partir para
as periferias, nomeadamente, nos locais de trabalho, escola, espaços de
lazer e outros, e ser o Fermento que leveda toda a massa a fim de fazer
crescer o bolo da comunidade cristã.
Emília Magalhães
Secretariado Diocesano Missões Porto
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